03. Assuntos Consulares
EMBAIXADA DE MOÇAMBIQUE na Avenida de Berna, 7 em Lisboa, Telefones: 217 971 994 ou 217 613 440 (insistir), Diariamente das 9:30 às 13:30.
Documentos necessários: duas fotografias, cópia da reserva de voo, passaporte com validade mínima de 6 meses, 60€
EMBAIXADA DE MOÇAMBIQUE I, DIA 22 DE AGOSTO
África do Sul, Namíbia, Botsuana, Zimbabué, Zâmbia, Malawi e Moçambique. São sete países sul africanos. Só um deles é ex-colónia portuguesa, só um deles sujeita aos cidadãos portugueses a emissão prévia de visto: Moçambique.
Grades ao alto dão as boas vindas a quem entra na sala de atendimento do serviço consular da Embaixada de Moçambique em Lisboa. Ao fundo um guichet espelhado e uma fila de três pessoas; à direita uma senhora sentada à secretária e por trás a foto do Sr. Presidente Armando Guebuza; ainda à direita e curvando se na nossa direcção, 3 ou 4 poltronas castanhas; logo à esquerda o mapa administrativo com as províncias do país, e mais ao fundo estão afixados vários cartazes de “equivalências de moeda”. (A partir Junho deste ano 1000 meticais antigos passarão a valer 1 metical novo. Até Dezembro vão circular ambas as moedas e nós vamos ter de nos desenvencilhar com isto!).
Contido naquelas quatro paredes sinto um ar que me parece ser Africano. Talvez nas paredes altas e nuas. Talvez na forma calma com que a senhora sentada à secretária pega e responde ao telefone, ou na forma como se levanta por detrás da mesa apoiando-se nela com esforço e em jeito de alavanca. Talvez na bondade com que a Alice, a menina que está do outro lado do espelho, tolera a indefinição relativa a DATAS-TRAJECTOS-ESTADIAS que caracteriza o nosso formulário (afinal) meio-preenchido. Um conjunto que sopra um ar pouco ou nada português e muito ou tudo africano.
A emissão normal dos vistos demora 10 dias úteis. Fazemos umas contas rápidas: estarão prontos a 6 de Setembro. Cada um paga a Alice os 60 euros devidos. Na volta ela pergunta: estão prontos dia 12, pode ser?
EMBAIXADA DE MOÇAMBIQUE II, DIA 12 DE SETEMBRO
Dia 12, lá foi.
Num gesto usual, mas do qual de facto não temos muita consciência (dada a forte probabilidade de vir a ser um gesto inconsequente), abrimos os passaportes para confirmar vistos e passaportes.
Um novo visto, azul e verde riscado a fazer lembrar dinheiro em nota mas estranhamente escrito à mão com caneta preto tipo edding, a letra redondinha como que para ser bonita.
Dois vistos pedidos um atrás do outro, indicando nos formulários as mesmas datas e os mesmo locais possíveis de Entrada e de Saída no país. O resultado: cada visto cada validade e uma delas antecipando-se à data programada para a viagem. Mostramos a esta outra Alice a nossa preocupação e ela simpaticamente fez-nos ver que as datas apontadas no visto eram irrelevantes (!): os 60 dias, que nos concedem para permanência, começarão a contar sempre após o carimbo da entrada que, esse sim, deve ser posto dentro daquele intervalo apontado no Visto. Pergunta-nos se estamos a perceber, estamos sim, mas não nos chega perceber, precisamos de acreditar! Mais um olhar e a dúvida sobre o que fazer, entretanto ouvimos os votos de Boa Viagem da Alice e lá acedemos a viajar assim, com o Quico a ter de entrar em Moçambique até ao 11 de Novembro. Em princípio entraremos muito antes desta data, mas aqui fica mais um assunto não descansado. E fica também lavrada a informação dada pela Alice, caso haja necessidade de, daqui a uns tempos, comprovar às autoridades alfandegárias o que nos foi transmitido na Embaixada em Lisboa (lugares há onde sair um dia após a data inscrita no Visto dá direito a conversinha com as polícias e ao pagamento de umas taxas aos senhores).
Atenção, no visto está claro: “sem dtº à fixação de residência”.
Documentos necessários: duas fotografias, cópia da reserva de voo, passaporte com validade mínima de 6 meses, 60€
EMBAIXADA DE MOÇAMBIQUE I, DIA 22 DE AGOSTO
África do Sul, Namíbia, Botsuana, Zimbabué, Zâmbia, Malawi e Moçambique. São sete países sul africanos. Só um deles é ex-colónia portuguesa, só um deles sujeita aos cidadãos portugueses a emissão prévia de visto: Moçambique.
Grades ao alto dão as boas vindas a quem entra na sala de atendimento do serviço consular da Embaixada de Moçambique em Lisboa. Ao fundo um guichet espelhado e uma fila de três pessoas; à direita uma senhora sentada à secretária e por trás a foto do Sr. Presidente Armando Guebuza; ainda à direita e curvando se na nossa direcção, 3 ou 4 poltronas castanhas; logo à esquerda o mapa administrativo com as províncias do país, e mais ao fundo estão afixados vários cartazes de “equivalências de moeda”. (A partir Junho deste ano 1000 meticais antigos passarão a valer 1 metical novo. Até Dezembro vão circular ambas as moedas e nós vamos ter de nos desenvencilhar com isto!).
Contido naquelas quatro paredes sinto um ar que me parece ser Africano. Talvez nas paredes altas e nuas. Talvez na forma calma com que a senhora sentada à secretária pega e responde ao telefone, ou na forma como se levanta por detrás da mesa apoiando-se nela com esforço e em jeito de alavanca. Talvez na bondade com que a Alice, a menina que está do outro lado do espelho, tolera a indefinição relativa a DATAS-TRAJECTOS-ESTADIAS que caracteriza o nosso formulário (afinal) meio-preenchido. Um conjunto que sopra um ar pouco ou nada português e muito ou tudo africano.
A emissão normal dos vistos demora 10 dias úteis. Fazemos umas contas rápidas: estarão prontos a 6 de Setembro. Cada um paga a Alice os 60 euros devidos. Na volta ela pergunta: estão prontos dia 12, pode ser?
EMBAIXADA DE MOÇAMBIQUE II, DIA 12 DE SETEMBRO
Dia 12, lá foi.
Num gesto usual, mas do qual de facto não temos muita consciência (dada a forte probabilidade de vir a ser um gesto inconsequente), abrimos os passaportes para confirmar vistos e passaportes.
Um novo visto, azul e verde riscado a fazer lembrar dinheiro em nota mas estranhamente escrito à mão com caneta preto tipo edding, a letra redondinha como que para ser bonita.
Dois vistos pedidos um atrás do outro, indicando nos formulários as mesmas datas e os mesmo locais possíveis de Entrada e de Saída no país. O resultado: cada visto cada validade e uma delas antecipando-se à data programada para a viagem. Mostramos a esta outra Alice a nossa preocupação e ela simpaticamente fez-nos ver que as datas apontadas no visto eram irrelevantes (!): os 60 dias, que nos concedem para permanência, começarão a contar sempre após o carimbo da entrada que, esse sim, deve ser posto dentro daquele intervalo apontado no Visto. Pergunta-nos se estamos a perceber, estamos sim, mas não nos chega perceber, precisamos de acreditar! Mais um olhar e a dúvida sobre o que fazer, entretanto ouvimos os votos de Boa Viagem da Alice e lá acedemos a viajar assim, com o Quico a ter de entrar em Moçambique até ao 11 de Novembro. Em princípio entraremos muito antes desta data, mas aqui fica mais um assunto não descansado. E fica também lavrada a informação dada pela Alice, caso haja necessidade de, daqui a uns tempos, comprovar às autoridades alfandegárias o que nos foi transmitido na Embaixada em Lisboa (lugares há onde sair um dia após a data inscrita no Visto dá direito a conversinha com as polícias e ao pagamento de umas taxas aos senhores).
Atenção, no visto está claro: “sem dtº à fixação de residência”.
5 comentário(s):
Olá viajantes...neste momento estou com uma amiga, a Rita, a ver o vosso blog e está a achar o máximo. A Rita já esteve em Moçambique e estava a comentar comigo que não há necessidade de tirar o visto em Portugal pq é muito mais caro, pode-se tirar ao entar no país. Ela em Fevereiro de 2005 pagou 25€ pelo visto tirado no Aeroporto de Maputo. Sei q esta informação já não deve ser mt útil, mas fica o post para q quem queira ir a Moçambique.
Bj
Marta e Rita a nova blogger se não se importarem!!!
PS- não se esqueçam de provar a matapa de caranguejo, a Rita diz que é deliciosa uhmmmmm!!!!
Olá Marta e Rita! Queria deixar o agradecimento quanto a essa informação sobre a possibilidade de tirar o visto no aeroporto. Pode ainda vir a ser útil para a Guida.
Para nós, e como vamos entrar em Moçambique por terra, talvez seja mesmo melhor ir de visto à vista.
Matapa de Caranguejo? OK, vai para a lista. E mais dicas?
Mais dicas? Não sei… Talvez possam aprender alguma coisa com a leitura De Angola à Contracosta. Eu sei que vós ireis começar na Namíbia e não em Angola, mas a aventura tem algum paralelo com a viagem de Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo, estes dois baris:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermenegildo_Capelo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Ivens
Olá Paulu!
Esse título já está na lista!
Só espero que não seja um dos rejeitados de última hora quando estivermos a arrumar as mochilas! Desconfio que também haverá overbookings nestas andanças!
Sobre a «saga» do visto da embaixada de Moçambique não me ocorre mais nada a não ser que também julgo que bastaria pedi-lo à chegada. Esta foi pelo menos a indicação de um amigo moçambicano quando sonhei lá ir... Intriga-me de facto por que só eles pedem visto, mas não haverá aqui uma questão de reciprocidade? Nestas coisas de relações internacionais parece ser uma regra importante.
Ainda sobre Moçambique, curiosamente, vou finalmente começar a ler um livro que este mesmo amigo me ofereceu quando cá veio em Maio. Trata-se de «O Sétimo Juramento» de Paulina Chiziane (da Caminho). Dizia ele que me ajudará a perceber a mentalidade daquelas gentes. Quem sabe não trocamos impressões sobre.., nem que seja no vosso regresso.
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