do Trópico de Capricórnio

relatos de viagem por África

07 outubro 2006

17. Joanesburg pelo vidro

Dez minutos foi tudo o que tivemos direito para presenciar da urbanidade da central Joanesburgo. Tudo através de um vidro, de dentro de um bus, num Sábado à tarde de agitação tépida.
Mas ainda assim mexiam-se gentes no mercado, arrumavam-se gentes e sacos num terminal de autocarros, comiam gelados dois miúdos no passeio, deitava-se um corpo à porta e uma loja, passavam-lhe por cima os que queriam entrar e montava-se um comício ao ar livre.
E passou o nosso bus, a preceito conduzido pela esquerda, sobre e sob viadutos, sobre múltiplas linhas de comboio, junto a vias de dois andares, sob largos cabos de alta tensão. E de novo o Soweto com o compasso das suas casas, o descompasso das suas casas pobres e o novo compasso das casas que o governo está a construir "para dar".
Até que o urbano se desfez em terras.
Um filme mudo de dez minutos, ao som da voz off calma de um dos motoristas: "...please, please! don't call us drivers! my name is Thimoty and he's Ceaser... and don't ask me when we'll be arriving 'cause I'm not allowed to be fortune teller all I know is we're always late... if you fill hot just point you fingers up..."



publicado por Jota às 22:31

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