48. SPLURGE!
Após as privações pelas quais temos passado (nos últimos dez dias não tivemos: quartos com casa de banho, casa de banho com água quente, casa de banho com tecto, casa de banho com água corrente, espelho, colchões que não encovem ao meio, lençóis de confiança, janelas com redes, quarto sem formigas, outros insectos ou surpresas) instalámo-nos como reis na Casa de Hóspedes Mooxelelya ("como dormiste?") da senhora Flora Magalhães - que, ao que pudemos entender, é uma empreendedora mulher na reabilitação da ilha através do ramo de hotelaria e turismo.
Por 17 euros temos direito a um grande quarto numa antiga casa colonial recém-recuperada. Temos uma cama alta com estrutura para dossel, casa de banho no quarto com chuveiro e ainda manípulo suplementar para lavar os pés e as pernas do pó da rua, temos uma secretária de madeira com gavetas e cadeira, uma ventoinha de tecto e duas janelas com dois banquinhos laterais, em alvenaria, em cada um dos vãos. Podemos utilizar as salas comuns frescas à hora do calor e temos pequeno-almoço incluído. Temos também o senhor Abdul, de pernas arqueadas, que é quem faz tudo por aqui.
Lembro-me de uma conversa tido com um amigo, no especial jantar de aniversário de seu irmão. Começo a concordar contigo, falta-me a paciência para abdicar do luxo que é o simples conforto.
Atenção, não se apoquentem os leitores, não tem sido por razões económicas que nos temos privado de alojamento mais confortável. A questão é que não o temos tido nem à mão, nem ao pé.
Por 17 euros temos direito a um grande quarto numa antiga casa colonial recém-recuperada. Temos uma cama alta com estrutura para dossel, casa de banho no quarto com chuveiro e ainda manípulo suplementar para lavar os pés e as pernas do pó da rua, temos uma secretária de madeira com gavetas e cadeira, uma ventoinha de tecto e duas janelas com dois banquinhos laterais, em alvenaria, em cada um dos vãos. Podemos utilizar as salas comuns frescas à hora do calor e temos pequeno-almoço incluído. Temos também o senhor Abdul, de pernas arqueadas, que é quem faz tudo por aqui.
Lembro-me de uma conversa tido com um amigo, no especial jantar de aniversário de seu irmão. Começo a concordar contigo, falta-me a paciência para abdicar do luxo que é o simples conforto.
Atenção, não se apoquentem os leitores, não tem sido por razões económicas que nos temos privado de alojamento mais confortável. A questão é que não o temos tido nem à mão, nem ao pé.
3 comentário(s):
É engraçado o espelho estar incluído no rol das «coisas boas». Nunca tinha pensado nisso. Quando não tenho espelho, limito-me a não fazer a barba. Mas acho que têm razão: um espelho é indispensável. Estou a imaginar um tipo na recepção do Hotel Ritz (ou doutro que tal). «Ó meu caro, isso do jacuzzi e da sauna não me interessa nada; diga-me é uma coisa, as vossas casas de banho têm espelho ao menos?» Ora bem!
Um espelho é importante para estarmos sempre actualizados com a nossa imagem. Ja´experimentaste nao te olhares ao espelho tanto tempo que na primeira vez que o fazes ate te assustas com o tamanho do teu cabelo e com a escuridao da pele?
Ok. Agora com a fotografia fiquei convencido. Casa de Hóspedes Mooxelelya. Estou lá caído quando lá for para aqueles lados!
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